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| O árbitro Wagner Reway leva uma bolada no rosto em cobrança rápida de falta levantada de Lúcio na partida Náutico 3x2 Figueirense, vitória sensacional de virada após estar perdendo por 2 a 0 em casa, com a torcida vaiando (reprodução da TV) |
No início do Brasileirão, o lateral esquerdo Lúcio fez 11 jogos como titular do Náutico. Até a 7ª rodada, era a referência nas cobranças de faltas levantadas sobre a área do adversário e cobrou 15 faltas levantadas, que resultaram em 1 finalização, de Martinez na trave.
A partir da 8ª rodada, a referência no Náutico para as cobranças de faltas levantadas passou a ser Souza.
Desde então, Souza fez 34 cobranças, com 3 finalizações e nenhum gol.
Por esses caprichos que a necessidade impõe, no segundo tempo da partida contra o Coritiba, na 12ª rodada, Lúcio e Souza se alternaram nas cobranças erguidas na área. Aos 40 minutos do segundo tempo, com o Coritiba já vencendo por 4 a 2 no Recife, Lúcio fez uma cobrança e Rico fez o gol, mas o Náutico perdeu em casa por 4 a 3.
O jogo contra a Portuguesa, na 13ª rodada, foi o último de Lúcio como titular. Ele cobrou uma falta levantada, Souza outra, e nada de finalização. O Náutico perdeu em São Paulo por 3 a 1.
Lúcio passou a fazer uma cobrança e outra, eventualmente. No total, Lúcio fez 23 até a 20ª rodada, com 2 finalizações e 1 gol.
Alessandro, Breitner, Elicarlos, João Paulo, Martinez, Ramon e Ronaldo Alves também já arriscaram em 14 cobranças. Nenhuma delas finalizada.
Sem Souza contra o Bahia, suspenso na 18ª rodada, Rogerinho ficou incumbido de fazer essas cobranças. Lúcio estava no banco de reservas. O Náutico venceu por 1 a 0.
Rogerinho cobrou 4 faltas levantadas, e nenhuma foi finalizada. Exato, o Náutico não aproveita bem as faltas levantadas.
De volta ao time titular, Souza voltou a fazer essas cobranças. Foram 8 contra o Sport, 1 finalizada. O jogo acabou 0 a 0.
Na 20ª rodada, com o Náutico perdendo por 2 a 0 em casa para o Figueirense e a torcida vaiando muito sua equipe contra o último colocado do Brasileirão, o técnico Alexandre Gallo fez 2 substituições no intervalo: entraram Lúcio e Rogerinho, este último responsável por bater as faltas levantadas.
Aos 26 minutos do segundo tempo, com o jogo empatado em 2 a 2 e sabe-se lá por que, enquanto o juiz apitava para evitar uma briguinha "a bola é minha, não, é minha, seu bobo" após a marcação de 1 falta, Lúcio pegou a bola, a colocou no chão e a chutou no rosto do árbitro Wagner Reway ao fazer uma cobrança rápida. Isso enquanto o árbitro apitava para evitar discussões.
Bom, o julgamento a respeito da intenção nos eventos do jogo cabe ao árbitro, que nesse caso balançou a cabeça dizendo "tudo bem". Lúcio se desculpava.
Quando a partida foi reiniciada, evidentemente, Lúcio fez a cobrança da falta, que não foi finalizada. A defesa rebateu.
Mas aos 29 minutos do segundo tempo, 3 minutos depois do incidente, Lúcio fez 1 desarme no ataque e foi puxado pela camisa. O juiz que tinha levado a bolada de Lúcio fez seu trabalho: marcou falta. A bola continuou rolando pelo gramado até os pés de Rogerinho, que a apanhou e levantou o braço esquerdo indicando "esta é minha" enquanto Lúcio esticava o braço pedindo para cobrar a falta que havia sofrido.
Rogerinho colocou a bola embaixo do braço, e Lúcio saiu de fininho.
Da esquerda da intermediária, Rogerinho a mandou na direita da grande área, onde Souza a matou no peito e a mandou para o gol com um chutaço de esquerda. Souza é destro. Era o gol da virada: 3 a 2. Mais uma batalha no Aflitos.
Segundo o repórter Vitor Bastos, após o gol Lúcio chamou Rogerinho na lateral e lhe disse "Parabéns, cara". Os 2 se abraçaram.
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